EU E POLÍTICA, LÁ VOU TOCAR NO QUE EVITEI SEMPRE...

Eu evito muuuiiiittooo entrar em lutas partidárias, políticas, ideais de poder, etc., no meu blogue, Facebook, Twitter, seja lá o que for. Faço-o propositadamente por motivos que explicarei.

Surpresa: Sigo Política, muita mesmo. 

Leio jornais regularmente, vejo noticiários com frequência, até sessões de Assembleia assisto por vezes enquanto faço outras coisas, até sessões do Parlamento Europeu já assisti pela net, sigo comentário político com muita frequência (nacional e internacional, especialmente americano), se me apanho com uma Visão ou Sábado ou Times vou ler atentamente, falo com um ou outro amigo sobre isso, gosto de um bom debate entre políticos e mais. Enganem-se os que me vêm pouco a falar nisso que não é algo que sigo e até me fascina um pouco, inclusive. Desejo de eu entrar em política é nulo, zero mesmo, agora analisar, acompanhar, comentar, observar a vida política, nacional e internacional, é enorme e algo muito presente nos meus interesses.

Mais revelo: se um dia entrasse em Universidade tinha gosto de ir para Estudos Europeus e Políticas Internacionais, não porque teria gosto em ser politólogo ou algo assim, apenas porque é algo que gosto de seguir e acompanhar, mas não participar. Outra curiosidade, fiquem sabendo algo sobre mim: o meu programa português preferido é a Quadratura do Círculo. Surprise, people. Aliás, mesmo desde os meus 15 anos, quando na altura se chamava Flashback e era um programa de rádio na TSF, eu lá estava todos os Domingos sem falta para ouvir até aos dias de hoje em que tornou-se o único programa português que não perco.

Tenho as minhas opiniões (muitas), evito no entanto propagar as mesmas pois as pessoas são muito rápidas em rotular alguém como simpatizante de x ou y. É este o principal motivo porque evito tocar nisso ao máximo. 

Porque é que eu não quero ser rotulado (mesmo que eu não ache nada de mal alguém defensor de um partido ou ideal político lutar por isso publicamente, atenção)? 

Porque eu não sou um eleitor comum. A minha intenção de voto para uma coisa pode não ser a mesma para outra coisa ou noutro momento. 

Eu analiso cada voto que faço baseado na conjuntura actual, nas personalidades que se apresentam, nos projectos que defendem, no background ou histórico que possam ter, nos possíveis erros ou coisas louváveis que vão fazendo na sua vida política, na seriedade ou não que posso discernir em cada um, etc.

Ou seja, não me interessa a cor e partido pouco menos. Saber o historial e crenças dum partido podem ter influências na minha decisão, sim, mas de forma muito, muito ténue. Interessa-me o agora, o que sei de cada uma das personalidades, os seus projectos actuais, o que defendem actualmente, etc., e é aí em que me baseio para votar.

Eu sou da opinião que não devemos ser rígidos em termos de escolha de voto. É assim que vivo nas minhas escolhas de poder político. Cada eleição, decido como quero e melhor acho naquela altura, não o faço como se de um clube de futebol se tratasse.

Pronto, já sabem mais de mim nesse campo. Nunca o fiz publicamente na net porque, de novo, as pessoas rotulam-nos muito facilmente e isso é algo que não quero mesmo, pelo simples facto de que eu sou crítico em cada altura e conjuntura. Esta liberdade de não ter afiliações é algo que me agrada e muito, muito sinceramente, parece-me o mais racional para tomar as minhas decisões nos destinos dos que nos regem, em cada altura.

Porque deixo isto claro agora?

Há um post que quero escrever sobre algo que aconteceu em que sei que vão me rotular facilmente em termos políticos e queria deixar bem claro a minha posição antes de tocar nisso. Para que não confundam levemente, que é o que acontece para quem não gosta de ouvir certas coisas.

Para ser ainda mais claro das minhas posições antes de escrever o outro post: 

Eu acho que o actual Governo não é a solução / Eu acho que não podemos continuar com esta política actual / Nós precisamos de novo Governo e de renegociar a dívida que temos com a Troika/ A Alemanha tem de ceder mais, mas também sei que não é a vilã que todos fazem / Acredito que a solução política feita em Itália de termos um Governo de salvação nacional seria o melhor neste momento, ou seja, personalidades de todos os partidos a unirem-se de forma responsável para guiar este barco sem rumo, embora acho isso muito pouco provável com os nossos políticos / Eu na altura achava Pedro Passos Coelho a melhor opção, continuar com Sócrates é que não / Eu teria preferido mil vezes Manuela Ferreira Leite a Pedro Passos Coelho / Passos Coelho e este governo tem pouca margem de manobra e política económica de não crescimento é má líder para todos nós / Uma crise política ou novas eleições agora seria catastrófico para o nosso país e para os nossos credores / Sócrates foi um dos homens do mais aldrabão, mentiroso, perigoso possíveis que o nosso país já conheceu / Durão Barroso pode ser um bom Presidente europeu hoje em dia, mas foi um péssimo primeiro-ministro e fugiu com quantas pernas tinha / Santana Lopes foi uma anedota / Jamais votarei no Bloco de Esquerda / António Guterres foi dos primeiros-ministros que mais dinheiro teve entrando da Europa e mais esbanjou, causando consequências danosas ainda nos dias de hoje / Cavaco Silva deveria ter uma voz mais activa / Carlos César não foi mau líder / Berta Cabral não foi má Presidente de Câmara / Alivia-me que Obama tenha ganho, mas ele tem de recuperar muitas promessas que deixou pelo caminho / Bush foi um tirano idiota e Dick Cheney extremamente perigoso / e muitas outras coisas mais sobre as quais tenho opinião que não tocarei mais aqui. Muitas mais mesmo.

Pronto.

Aqui têm finalmente, agora não esperem me ver a tocar muito mais em Política publicamente no mundo da net porque não serei rotulado, pois sou alguém que, de novo, não tenho cores, vejo as coisas no momento.

Deixando tudo isto claro como água.... 

Posso então partir para o meu próximo post esperando que quem for inteligente não confunda as coisas...