É embasbacante como Oldman dá um poder a este personagem sem nunca levantar a voz, sem gestos rápidos ou bruscos, sem correria alguma. Tem um magnetismo inerente que é único, sempre que o vemos interrogámo-nos sobre ele, e quando este apresenta finalmente um pouco de emoção o impacto é 20 vezes mais forte, exactamente pela característica desta personagem ser um homem do mais rígido no exterior que há. Oldman é a minha parte preferida deste filme, e espero que o Óscar lhe diga olá, mas há muito mais de bom nesta película.
A história é adoptada de um livro de John le Carré, ou seja, espionagem. Mas não espionagem absurda à la 007, mas sim do mais real possível e incrívelmente tenso por momentos, mesmo assim. Oldman é retirado de uma reforma forçada e é incumbido de descobrir uma toupeira existente no extracto superior do MI-6 que anda a passar informações aos inimigos soviéticos. Oldman tem de investigar os seus colegas sem que estes o percebam, com a colaboração de dois ou três agentes escolhidos a dedo.
Em termos visuais, os anos 70 e Guerra fria estão representados de uma forma superba. Sem espalhafato, mas com uma ambiência muito forte. O leque de personagens existentes é muito variado e todos são interessantes de se ver. É um filme que se desenrola ao seu ritmo calmo e metódico, mas do qual não se consegue tirar os olhos do ecrã, com um final muito gratificante.
Adorei este filme. Em poucas palavras, recomendo-o imenso.
De 0 a 5 agentes, dou a este filme 4,5 agentes
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